quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Uns Dias

Uns Dias
(Herbert Vianna)

O expresso do oriente
Rasga a noite, passa rente
E leva tanta gente
Que eu até perdi a conta
E nem te contei uma novidade, quente
Eu nem te contei

Eu tive fora uns dias
Numa onda diferente
E provei tantas frutas
Que te deixariam tonta
Eu nem te falei
Da vertigem que se sente
Eu nem te falei

Que te procurei
Pra me confessar
Eu chorava de amor
E não porque eu sofria

Mas você chegou já era dia

E não tava sozinha
Eu tive fora uns dias
Eu te odiei uns dias
Eu quis te matar

Baby

Baby
(Mutantes)

Você precisa saber da Piscina,
Da Margarina, da Carolina, da Gasolina,
Você precisa saber de mim

Baby, baby, eu sei que é assim

Você precisa tomar um sorvete,
Na lanchonete, andar com a gente,
Me ver de perto
Ouvir aquela canção do Roberto

Baby, baby, a quanto tempo,
Baby, baby, a quanto tempo.

Você precisa aprender inglês,
Precisa aprender o que eu sei,
E o que eu não sei mais,
E o que eu não sei mais.

Eu sei comigo vai tudo azul,
Contigo vai tudo em paz,
Vivemos na Melhor cidade
Da América do Sul,
Da América do Sul.

Você precisa, você precisa...

Eu sei leia na minha camisa,
Baby, baby, I love You,
Baby, baby, I love You...

Brincando na avenida

Brincando na avenida
(Gabriel Mitsu/Luiz Henrique Costa)

O mundo inteiro já sabe
Que você constrói destruindo
Com requintes de armas de fogo
Atirando em tudo, em todos
E em mim

Oferece o brinquedo ao entrar
Na fantasia que mais lhe servir
Imaginando até onde é possível chegar
Com suas vontades e caprichos senis

Oh, criança, não aponte isso para mim
Este jogo pode matar
Me machucando, mesmo sem eu sentir

Alto lá, meu bem!
Mãos ao alto! - você disse
Cessar fogo! - supliquei

Mas sem me ouvir, logo disparou
E acertou o que queria
O lado esquerdo do meu peito
Caí de bruços em plena avenia

Um buraco chamado Beverly Hills

Um buraco chamado Beverly Hills
(Luiz Henrique Costa)

Caso perdido, declarado
Ao pé-do-ouvido, uma canção
Forço o esboço do teu rosto
Os teus cabelos, cachos de algodão

Pra que olhar o nada?
Levanto a voz pra dizer não
Destino meus ciúmes
Mesmo a pé, sempre em contramão

Como nuvens no céu
Penso em formas que ei de adotar
Lindos sonhos me vêem
Mas eu não consigo lembrar

Qual é o seu preço agora que você me tem?
Inverto os papéis
Já não sei quem é quem

Você não faz

Você não faz
(Luiz Henrique Costa)

Calou a boca
Se vestiu de mim
Poses para o espelho
Não caiu tão bem assim

Meus lábios vermelhos
Sua pele clara
Vestido novo de cetim

Roubo as palavras
Sigo sem sorrir
Apesar dos pesares
Não quero mais

Você não faz ninguém mais feliz

Você não entende nada

Você não entende nada
(Caetano Veloso)

Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Lágrimas nos olhos de cortar cebola
Você está tão bonita

Você traz a coca-cola, eu tomo
Você bota a mesa
Eu como, eu como, eu como, eu como, eu como você

Você não está entendendo nada do que eu digo
Eu quero ir embora
Eu quero dar o fora

E quero que você venha comigo
Todo dia, todo dia
E quero que você venha comigo

Eu me sento, eu fumo, eu como
Eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero tocar fogo nesse apartamento
Você não acredita

Traz meu café com suita, eu tomo
Bota a sobremesa, eu como
Eu como, eu como, eu como, eu como
Você

Tem que saber que eu quero é correr muito
Correr perigo
Eu quero ir embora
Eu quero dar o fora

E quero que você venha comigo
Todo dia, todo dia
Traga a coca-cola quer eu tomo
Eu tomo
Bota a sobremesa, eu como

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Desacordado

Desacordado
(Luiz Henrique Costa)

Dito e feito
Não há mais o que perder
Ainda quero você pra me ensinar
E me convencer da minha própria obsessão
E de tudo que eu não quis viver

Seja como for
Quero te encontrar
Desejos meus
Será que a sós estaremos melhor?
Posso te ver?

Os dias se passam
E a hora acabou
O tempo ocioso só me faz dormir
Não me acorde se eu não te pedir por favor

Horizonte

Horizonte
(Luiz Henrique Costa)

Me peça pra ser
E ter um quê de você
Mal posso esperar
Pra chegar a um destino qualquer

Encontro a luz
Que brilha na escuridão
Conheço o princípio do fim
Escolho entre o bem e o mal

Não há o que fazer
Se não pronunciamos mais
As únicas palavras
Que nos dariam a chave
Para um outro final
O que fazer?

Junto minhas coisas
Mas tudo parece igual
As cores se fundem entre si
No horizonte, um jardim surreal

Agora sou

Agora sou
(Luiz Henrique Costa)

Espero me perder
Importar-me mais com o que?
Agora sou mais eu aqui

Vivo de longe a te ver
Palavras não vão até aí
Não sou mais o que sou

O que eu fui?
Pra aonde vou?

Mais de você, eu quero sim
Mas não consegue perceber
Onde foi que eu errei?

Esperando o sol se pôr
A luz se transpassa por mim
Um novo dia se acabou

E um outro vai chegar
E terá o mesmo fim

Voltar

Voltar
(Luiz Henrique Costa)

Quis entender
As coisas que você me diz
Do que eu fiz, me arrependi
Você nem sabe o quanto

Não entendo mais
O que podia entender
Pessoas me fazem sofrer
Não confio em quem podia

Não controlo mais
Deixei me levar
Tentei voltar atrás
Em círculos, voltei pra cá
Voltei por que queria
Te encontrar

Portas

Portas
(Luiz Henrique Costa)

Agora já não sei
Por que assim não dá
Não pareço estar em meu lugar
Palavras correm em minha boca
Não aprendi a me calar

Eu pulo muros, sigo caminhos
Portas que não dão no mesmo lugar
E conto as quedas, caio sozinho

Canto uma música para animar você
As noites frias me remetem à alma
Na escuridão
Lembro de você me dizendo que não

Mas que certezas?

Mas que certezas?
(Luiz Henrique Costa)

Primeiro beijo que omiti
O vinho fresco a secar
O céu e terra por demolir
Em passos curtos, pareço empacar

Mas que certezas?
Eu corro pra lá e pra cá
Em letras tortas
O peota sem indagar

Questiono a fé que não senti
Arrependido, quero mudar
Em teus lençóis, eu quero dormir
E amanhecer tão devegar

Mais que diabos!
São tantas as linhas para apagar
Assumo que pequei
Teu corpo parece gostar

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Segunda-feira

Segunda-feira
(Luiz Henrique Costa)

Já passou da meia-noite em meu relógio
A cidade não está cheia, mas ainda se movimenta
Acho que ela nunca pára
Acho que ela não pode parar

Minha mente segue o ritmo dos carros nas ruas
Dou a partida e logo estou num novo lugar
E em pouco tempo me faltam dedos para contar
Quantas voltas já dei entorno das mesmas questões