terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Texto em brasa #1

Texto em brasa #1
(Luiz Henrique Costa)

Feliz atitude de estar, participar e conquistar; gritar em coro para impor meu lugar. Lugar que eu estou, lugar que eu sei.

Mistérios atrás do que penso: mente rica em subdesenvolvimento. Clarões e faíscas de sanidades vagam nos momentos de consciência forçada. Sou pobre de vínculos, sou rico de espírito, sou o Santo Empírico, sou alma inquieta. Escureço em brasas.

São palavras simples, são repetições que se fixam. Me fixo ao momento. Estou preso em tudo que eu sei, inclusive naquilo que aprendi e ainda não entendo. Sou isso: a busca pelo entendimento interpretado pela minha ignorância.

O estilo é copiado e ligeiramente adaptado. Não explica nada, apenas preenche com letras o vazio da mente. Não proporciona significados, não trás o amor em três dias e nem faz lembrar o sentimento simples e verdadeiro que foi sentido naquele livro.

Ando leve, quase correndo. Fácil de ir de um lado ao outro: do calculávél ao indivisível, do preto ao branco, dos tons puros ao mais irritante ruído. Escrevo ruídos, crio o ruído no pensamento.

Sou duro e busco ser maleável. Sou mamífero e tento voar; cato penas para o meu cocar. Aproveito-me da sua língua para escrever. Quero ver você dando voltas na linha de raciocínio que eu escondi. Você lê, mas só eu posso entender. Você também pode entender; é só se imaginar em mim.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Versos nus

Versos nus
(Luiz Henrique Costa)

Então veio o vento
E dispersou minhas sombras
Minha alma se jogou pela janela

Meus versos nus
Sem acertos ou consertos
Apenas idéias e imagens

O céu indica o infinito
E todas suas possibilidades
Aquilo que ainda não imaginei

Teu som me trouxe uma nova canção
Imprimiu uma nova emoção
Emoção que não sei descrever

O instante iluminou a sala por segundos
Pude me ver de fora pra dentro
Estranhei-me por horas