domingo, 7 de setembro de 2008

Sombra do imperativo

Sombra do imperativo
(Luiz Henrique Costa)

Faça das minhas palavras algo que possa ser reinterpretado
Faça da minha história algo que nem sempre possa fazer sentido
Faça do meu ver um eterno ciclo de criação de novos signos
Faça da minha memória um espelho côncavo da sua e da minha realidade

Vista roupas de época na estação errada
Seja mais um a se multiplicar na multidão
Ande olhando pro lados, mesmo que você siga em frente
Queria sempre mais do que você já pensou em ter um dia

Ouça aquela música desconhecida
Ouça uma música que não foi composta para você
Ouça o que você não pode compreender
Ouça os sons sem significados

Um comentário:

Patsy disse...

Normalmente não gosto de poesia, já te falei isso. Mas não sei se te vejo mais como músico do que poeta e, na hora de ler, acabo musicando as palavras. Assim funciona. E é por isso que eu continuo lendo. Mocinho todo talentoso :)