Estranho manifesto
(Luiz Henrique Costa)
O verbo inquieto
Que repete a ação
A ordem inexata das polissilábicas
Criam e destróem as velhas formas
Talvez eu precise de tempo para destruir
Talvez as cores precisem de mais tons
Ou de mais ou menos brilho, de acordo com a estação
Pela última vez: me deixe pintar
Deixe-me pintar a mim mesmo
Não quero criar o perfeito
O imperfeito é, também, imortal
É assim que eu faço: eu dito a regra
E a regra não é meu limite
Eu dito a regra do ir e vir
Da ação e da reação
Assim como a causa está para o efeito
Quero sair dessa linha, desses traços
Quero voar parada o horizonte
Desta janela estranhamente conhecida como caos
O que me importa é a sua beleza
O que me nutre é a sua alegria
O que me corrói, força a minha cura
sexta-feira, 18 de julho de 2008
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