Na madruga
(Luiz Henrique Costa)
É madrugada mais uma vez. Não ouço mais nada, além da voz incerta em minha cabeça a pensar.
Não foi um dia cheio. Nada aconteceu.
Mas quis escrever; estava com saudades.
Estava e ainda estou.
Estou, pois não te reencontrei, e porque ainda posso sentir teu suor ardente em tudo que vejo.
Que engraçado! Não há nada teu aqui. Eu te vejo mas não te encontro.
Não há provas de que você tenha existido. Ninguém sabe que eu te sei.
Mas lembro como se fosse hoje. Hoje - esta fosca madrugada. Hoje, depois da pontual meia-noite.
Como eu te disse: sem o sol, ouço melhor as lembranças, e logo encontro teu cheiro dentre os odores monótonos desta esquecível noite irreluzente que paira sobre minha inconstante alma.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
terça-feira, 1 de abril de 2008
Não há ninguém aqui
Não há ninguém aqui
(Luiz Henrique Costa)
Por que este banho demorado, se amanhã vai chover?
Por que os risos, se não há ninguém aqui?
Pra que esta culpa, se só você pode sentir?
Pra que tantos dentes, se eu só quero um beijo?
Pra que dinheiro, se teu custo é tão baixo?
Pra que os retrados, se perdeste a memória?
Guarde suas explicações, pois as parades não querem ouvir agora.
Não economize o tempo; ele sempre acabada mais cedo.
Não tente prever; o futuro só habita o imaginário.
(Luiz Henrique Costa)
Por que este banho demorado, se amanhã vai chover?
Por que os risos, se não há ninguém aqui?
Pra que esta culpa, se só você pode sentir?
Pra que tantos dentes, se eu só quero um beijo?
Pra que dinheiro, se teu custo é tão baixo?
Pra que os retrados, se perdeste a memória?
Guarde suas explicações, pois as parades não querem ouvir agora.
Não economize o tempo; ele sempre acabada mais cedo.
Não tente prever; o futuro só habita o imaginário.
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