Último bolero
(Luiz Henrique Costa)
Não me consola mais
Ver tua imagem distorcida num velho retrato
O doce perfume em tua roupa conservado
Que eu tanto prezei em guardar
Mas se eu tiver de aceitar
Meus pés dançando o último bolero
No final da festa, condenado pelo clero
Lembro-me da tortura que foi ao saber
Um pouco mais de limbo em meu copo vazio
Além do amargo; boca a trincar
Espero a sorte sem despedidas
Arranco o medo de revidar
Medindo forças com a vida
"O quão profundo quero estar?"
Razão tão forte em frases compridas
Meu único sonho se fez voar
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
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