Na rua
(Luiz Henrique Costa)
Ando na rua olhando para os lados
Presto atenção nos novos rostos
E em tudo o que acontence
Acho que é por curiosidade
Curiosidade por tudo o que me insere
E onde estou contido
Algumas pessoas não se veêm
Passam fitando seus sapatos
Medindo seus ponteiros
Seguindo seu próprio rumo
quinta-feira, 29 de maio de 2008
terça-feira, 20 de maio de 2008
Vontade
Vontade
(Luiz Henrique Costa)
Sou atração e retração
Quero o desgosto
Gosto quando não quero
Minha imaginação deu asas à minha vontade
Vontade cega que quer ser reconhecida
Vontade sem razão compreendida em si mesma
Vivo aqui dentro e não por dentro
Por dentro não há luz
Não há como saber
Vivo sem roteiro
Respiro sem motivo
Me sinto dirigido
Em múltiplas direções
(Luiz Henrique Costa)
Sou atração e retração
Quero o desgosto
Gosto quando não quero
Minha imaginação deu asas à minha vontade
Vontade cega que quer ser reconhecida
Vontade sem razão compreendida em si mesma
Vivo aqui dentro e não por dentro
Por dentro não há luz
Não há como saber
Vivo sem roteiro
Respiro sem motivo
Me sinto dirigido
Em múltiplas direções
Tudo bem
Tudo bem
(Luiz Henrique Costa)
Mais uma idéia subaproveitada
Amontoram-se palavras
E perdeu-se o nexo
À minha frente, o branco do papel:
Minha falência na síntese das cores
Tudo que eu tinha pra dizer
Eu usei contra mim mesmo
Antes que alguém o fizesse
E eu o fiz por medo e preguiça
Medo de começar um novo incêndio
E preguiça de ter de apagá-lo
Mesmo assim está tudo bem
Eu acabei não dizendo nada
E está tudo bem
(Luiz Henrique Costa)
Mais uma idéia subaproveitada
Amontoram-se palavras
E perdeu-se o nexo
À minha frente, o branco do papel:
Minha falência na síntese das cores
Tudo que eu tinha pra dizer
Eu usei contra mim mesmo
Antes que alguém o fizesse
E eu o fiz por medo e preguiça
Medo de começar um novo incêndio
E preguiça de ter de apagá-lo
Mesmo assim está tudo bem
Eu acabei não dizendo nada
E está tudo bem
terça-feira, 13 de maio de 2008
Amor
Amor
(Luiz Henrique Costa)
amor é vício de linguagem
é metáfora gasta
ferro oxidado
amor é senso comum
alguns encontram-no em corpo
outros escondem-no em espírito
amor é cego
ouve pouco
e fala muito
amor aparece como fruto
de uma bela árvore
concebida ao acaso
amor é feito de medo
amamos em nome do medo da falta
amor é intensificado pela diversidade
quanto mais temos
mais amamos
amor é referencial
depende do mais próximo
amor é monocromático
é quente
é vermelho intenso que fadiga
a fadiga é temporária
o amor não tem calendário
(Luiz Henrique Costa)
amor é vício de linguagem
é metáfora gasta
ferro oxidado
amor é senso comum
alguns encontram-no em corpo
outros escondem-no em espírito
amor é cego
ouve pouco
e fala muito
amor aparece como fruto
de uma bela árvore
concebida ao acaso
amor é feito de medo
amamos em nome do medo da falta
amor é intensificado pela diversidade
quanto mais temos
mais amamos
amor é referencial
depende do mais próximo
amor é monocromático
é quente
é vermelho intenso que fadiga
a fadiga é temporária
o amor não tem calendário
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